segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Especial Novelas

NOME ORIGINAL
La otra

ESCRITORA
Liliana Abud

PAÍS DE ORIGEM
México

ELENCO

Yadhira Carrillo: Carlota Guillén / Cordélia Portugal

Juan Soler: Álvaro Ibañez

Jacqueline Andere: Bernarda Sainz de Guillén

Sergio Sendel: Adriano Ibañez

Jorge Vargas: Delfino Arriaga

Manuel Ojeda: João Pedro Portugal

Alejandro Ávila: Romão Guillén

Eugenio Cobo: Padre Agustin

Julio Bracho: Lazaro Arriaga

Toño Mauri: Daniel Mendizábal

Mercedes Molto: Eugenia Guillén

Azela Robinson: Mireya Ocampo

Maty Huitron: Fabiana Morales

Lupita Lara: Matilde Portugal

Rosa Maria Bianchi: Lupita Ibañez

Josefina Echanove:Tomasa Lopez

Alonso Echanove: Cuco

Luis Couturier:Justo Ibañez

Sergio Sánchez: Salatiel Orozco

Sérgio Ramos: Seu Joaquim Pardo

Veronica Jaspeado: Apolonia Portugal

Ignacio Guadalupe: Santos Merida

Roberto Antunez: Padre Firmino

Virginia Gutiérrez: Esperança

Fernando Robles: Fulgêncio Rios

Gastón Tuset: Dr. Salvador Almanza

Alfonso Iturralde: Narciso Bravo

Zoila Quiñones: Simone Díaz

María Prado: Martina Rubio

Virginia Gimeno: Hilaria Rivero

Isadora Gonzalez: Paulina de Mendizábal

David Ramos: Padre Conrado

Alberto Inzúa: Padre Xavier

Antonio de la Vega: Isaac Gomez

Carlos Gonzales: Benito

Rosángela Balbó: Socorrinho

Lucy Tovar: Celina Chavez

Thelma Dorantes:Carmem

Shirley: Julietta de Guillén

Natasha Dupeyrón: Natalia Ibañez

Carlos Speitzer: Librado Merida

Esther Guilmáin: Esther

Erika Bleher: Roberta

Ofelia Guilmáin: Sabrina de Ocampo

Macaria: Fátima de Salazar

Mónika Sánchez: Regina Salazar

Juan Pelaez: Enrique Salazar

Cosme Alberto: Braulio Rivero

Annie del Castillo: Karen Mendizábal

Constanza Mier: Aida

Chantal Andere: Bernarda Sainz Guillén (Jovem)

Elsa Cárdenas: Martha de Guillén

Carolina Guerrero: Jovita

Enrique Hidalgo: Isidro

Hugo Macías Macotela: Notario Carballido

Silvia Manríquez: Marta de Guillén (Jovem)

Juan Montini: Animador

María Dolores Oliva: Flor

Juan Romanca: Belarmino

Ricardo Vera: Genaro

A outra é uma história onde o verdadeiro protagonista é o destino. O destino de um homem que se vê preso, envolvido e confundido em seus sentimentos e que não pode diferenciar quem é uma e quem é a outra.

COMENTÁRIOS

A história foi o ponto alto da novela. Poucas novelas foram tão bem elaboradas e desenvolvidas como essa, e o melhor: sem furos no roteiro. Mérito esse de Liliana Abud, que escreveu a novela com afinco e dedicação, cuidando de cada detalhe, cada fala. Tanto esmero custou problemas com a outra novela que ela adaptava: No limite da paixão, que teve atraso na entrega dos capítulos em função dela estar muito adiantada com A outra, que era uma história original sua.
Muitos dos méritos também são do elenco. Yadhira Carrillo, a protagonista, atuou como Carlota e Cordélia fugindo do senso comum de boa/má. Carlota vivia um tormento psicológico muito profundo e bem conduzido. E Cordélia era uma mulher de má fama, apaixonada e insaciável. Sem exageros, podia se dizer que eram duas atrizes completamente diferentes fazendo cada papel. Não por acaso, Yadhira Carrillo foi considerada a melhor atriz de 2002, também no TVyNovelas.Juan Soler também esteve muito bem como Álvaro. Ele não era só o galã, tinha seus próprios conflitos, muito bem defendidos pelo ator. Ele também foi premiado o melhor ator de 2002. E junto a Yadhira, protagonizou cenas de amor inesquecíveis. Como esquecer os capítulos do cruzeiro onde Álvaro e Carlota se reencontram?
Quem voltou com força total a TV depois de anos fazendo papéis abaixo de seu potencial foi a primeira atriz Jaqueline Andere. Não houve quem não odiou a megera Bernarda Sanz. A vilã teve toques de humor, unindo a sua ambição ao maltrato a sua filha, e alguns assassinatos. Claro, além de um romance clandestino com seu pior inimigo. Jaqueline Andere consagra com seu talento, Bernarda, como uma das grandes vilãs das novelas mexicanas. Também foi premiada, obviamente.
Ainda houveram muitos outros destaques no elenco: como o psicopata e gigolô Adriano, de Sergio Sendel. Mercedes Molto, mostrando que sabia fazer muito bem papéis de boa moça, como a sofrida Eugênia. Maty Huitrón surpreendeu como a ambígua Tia Fabiana. Jorge Vargas que esbanjou carisma como Delfino Arriaga. Verônica Jaspeado, que foi ganhando espaço com a invejosa Apolônia. Além desse elenco adulto, destacou-se também a naturalidade do elenco infantil, em especial Carlos Speitzer e Natasha Dupeyrón, como Salvador e a sensível Natália.lamenta-se porém, o pouco aproveitamento de talentos do gabarito de Manuel Ojeda, que não saiu do mesmo com seu alcoólatra João Pedro, e Azela Robinson como Mireya, que foi apenas a melhor amiga da protagonista.
Algumas cenas inesquecíveis: A humilhação de Bernarda (interpretada então pela filha de Jaqueline, Chantal Andere) no velório de seu amante, o primeiro beijo e a primeira vez em que Carlota e Álvaro fizeram amor, a emocionante morte de Eugênia, o primeiro encontro entre Cordélia e Álvaro, a morte de Lupita, os casamentos frustrados de Carlota com Adriano e mais tarde com Seu Joaquim, o suposto assassinato de Adriano, a morte de Cordélia, picada por uma cobra, a chegada de Carlota na fazenda suplantando Cordélia, e os assassinatos de Fabiana, Sabrina e Romano, entre muitas outras.
A novela era para ter ido ao ar com outro nome e outro elenco. La inocente era para haver sido protagonizada por Letícia Calderón, que recusou porque engravidou, e Jaime Camil foi o primeiro cotado para o papel de Adriano. Na verdade, segundo Ernesto Alonso, toda a história da novela esteve inspirada em um site que ele visitou, e que falava sobre pessoas idênticas e que não tinham nenhum parentesco entre si.Vale comentar que no roteiro original, a personagem Regina Salazar não existiria. Algumas mudanças foram feitas durante a história, como Bernarda seria despojada de seus bens por Fabiana, Romano e Salatiel e iria parar em uma clínica psiquiátrica. Nos preparativos do casamento de Carlota e Álvaro no final, Adriano tentaria violentá-la. Surgiria Bernarda e mataria Adriano, indo presa. Mas tudo isso foi mudado pelo surpreendente final de Bernarda impune, mas ambiguamente mostrando que o jovem que ela se interessa (Victor Noriega, em participação especial) iria deixá-la na ruína.
Durante a pré-produção, três temas musicais foram pensados para a novela: o primeiro foi Si tú no vuelves, de Alejandro Fernandez, que sofreria uma pequena adaptação na letra, depois La otra, de Pedro Fernandez, que acabou sendo usado nos últimos capítulos como tema de Carlota e Álvaro, e que foi o tema de abertura na novela nos Estados Unidos, e o definitivo, La otra, de Benny Ibarra e Edith Márquez, que aqui foi substituído por uma versão interpretada por Anayle e Michael Sullivan.
A outra foi sem dúvida uma brilhante novela, que teve uma das melhores histórias já vistas, intrigante, bem construída, diferente, com suspense, drama, elementos que garantiram uma novela que foi muito além da história de duas mulheres iguais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário