NOME ORIGINALLa otra
ESCRITORA
Liliana Abud
PAÍS DE ORIGEM
México
ELENCO
Yadhira Carrillo: Carlota Guillén / Cordélia Portugal
Juan Soler: Álvaro Ibañez
Jacqueline Andere: Bernarda Sainz de Guillén
Sergio Sendel: Adriano Ibañez
Jorge Vargas: Delfino Arriaga
Manuel Ojeda: João Pedro Portugal
Alejandro Ávila: Romão Guillén
Eugenio Cobo: Padre Agustin
Julio Bracho: Lazaro Arriaga
Toño Mauri: Daniel Mendizábal
Mercedes Molto: Eugenia Guillén
Azela Robinson: Mireya Ocampo
Maty Huitron: Fabiana Morales
Lupita Lara: Matilde Portugal
Rosa Maria Bianchi: Lupita Ibañez
Josefina Echanove:Tomasa Lopez
Alonso Echanove: Cuco
Luis Couturier:Justo Ibañez
Sergio Sánchez: Salatiel Orozco
Sérgio Ramos: Seu Joaquim Pardo
Veronica Jaspeado: Apolonia Portugal
Ignacio Guadalupe: Santos Merida
Roberto Antunez: Padre Firmino
Virginia Gutiérrez: Esperança
Fernando Robles: Fulgêncio Rios
Gastón Tuset: Dr. Salvador Almanza
Alfonso Iturralde: Narciso Bravo
Zoila Quiñones: Simone Díaz
María Prado: Martina Rubio
Virginia Gimeno: Hilaria Rivero
Isadora Gonzalez: Paulina de Mendizábal
David Ramos: Padre Conrado
Alberto Inzúa: Padre Xavier
Antonio de la Vega: Isaac Gomez
Carlos Gonzales: Benito
Rosángela Balbó: Socorrinho
Lucy Tovar: Celina Chavez
Thelma Dorantes:Carmem
Shirley: Julietta de Guillén
Natasha Dupeyrón: Natalia Ibañez
Carlos Speitzer: Librado Merida
Esther Guilmáin: Esther
Erika Bleher: Roberta
Ofelia Guilmáin: Sabrina de Ocampo
Macaria: Fátima de Salazar
Mónika Sánchez: Regina Salazar
Juan Pelaez: Enrique Salazar
Cosme Alberto: Braulio Rivero
Annie del Castillo: Karen Mendizábal
Constanza Mier: Aida
Chantal Andere: Bernarda Sainz Guillén (Jovem)
Elsa Cárdenas: Martha de Guillén
Carolina Guerrero: Jovita
Enrique Hidalgo: Isidro
Hugo Macías Macotela: Notario Carballido
Silvia Manríquez: Marta de Guillén (Jovem)
Juan Montini: Animador
María Dolores Oliva: Flor
Juan Romanca: Belarmino
Ricardo Vera: Genaro
A outra é uma história onde o verdadeiro protagonista é o destino. O destino de um homem que se vê preso, envolvido e confundido em seus sentimentos e que não pode diferenciar quem é uma e quem é a outra.
COMENTÁRIOS
A história foi o ponto alto da novela. Poucas novelas foram tão bem elaboradas e desenvolvidas como essa, e o melhor: sem furos no roteiro. Mérito esse de Liliana Abud, que escreveu a novela com afinco e dedicação, cuidando de cada detalhe, cada fala. Tanto esmero custou problemas com a outra novela que ela adaptava: No limite da paixão, que teve atraso na entrega dos capítulos em função dela estar muito adiantada com A outra, que era uma história original sua.
Muitos dos méritos também são do elenco. Yadhira Carrillo, a protagonista, atuou como Carlota e Cordélia fugindo do senso comum de boa/má. Carlota vivia um tormento psicológico muito profundo e bem conduzido. E Cordélia era uma mulher de má fama, apaixonada e insaciável. Sem exageros, podia se dizer que eram duas atrizes completamente diferentes fazendo cada papel. Não por acaso, Yadhira Carrillo foi considerada a melhor atriz de 2002, também no TVyNovelas.Juan Soler também esteve muito bem como Álvaro. Ele não era só o galã, tinha seus próprios conflitos, muito bem defendidos pelo ator. Ele também foi premiado o melhor ator de 2002. E junto a Yadhira, protagonizou cenas de amor inesquecíveis. Como esquecer os capítulos do cruzeiro onde Álvaro e Carlota se reencontram?
Quem voltou com força total a TV depois de anos fazendo papéis abaixo de seu potencial foi a primeira atriz Jaqueline Andere. Não houve quem não odiou a megera Bernarda Sanz. A vilã teve toques de humor, unindo a sua ambição ao maltrato a sua filha, e alguns assassinatos. Claro, além de um romance clandestino com seu pior inimigo. Jaqueline Andere consagra com seu talento, Bernarda, como uma das grandes vilãs das novelas mexicanas. Também foi premiada, obviamente.
Ainda houveram muitos outros destaques no elenco: como o psicopata e gigolô Adriano, de Sergio Sendel. Mercedes Molto, mostrando que sabia fazer muito bem papéis de boa moça, como a sofrida Eugênia. Maty Huitrón surpreendeu como a ambígua Tia Fabiana. Jorge Vargas que esbanjou carisma como Delfino Arriaga. Verônica Jaspeado, que foi ganhando espaço com a invejosa Apolônia. Além desse elenco adulto, destacou-se também a naturalidade do elenco infantil, em especial Carlos Speitzer e Natasha Dupeyrón, como Salvador e a sensível Natália.lamenta-se porém, o pouco aproveitamento de talentos do gabarito de Manuel Ojeda, que não saiu do mesmo com seu alcoólatra João Pedro, e Azela Robinson como Mireya, que foi apenas a melhor amiga da protagonista.
Algumas cenas inesquecíveis: A humilhação de Bernarda (interpretada então pela filha de Jaqueline, Chantal Andere) no velório de seu amante, o primeiro beijo e a primeira vez em que Carlota e Álvaro fizeram amor, a emocionante morte de Eugênia, o primeiro encontro entre Cordélia e Álvaro, a morte de Lupita, os casamentos frustrados de Carlota com Adriano e mais tarde com Seu Joaquim, o suposto assassinato de Adriano, a morte de Cordélia, picada por uma cobra, a chegada de Carlota na fazenda suplantando Cordélia, e os assassinatos de Fabiana, Sabrina e Romano, entre muitas outras.
A novela era para ter ido ao ar com outro nome e outro elenco. La inocente era para haver sido protagonizada por Letícia Calderón, que recusou porque engravidou, e Jaime Camil foi o primeiro cotado para o papel de Adriano. Na verdade, segundo Ernesto Alonso, toda a história da novela esteve inspirada em um site que ele visitou, e que falava sobre pessoas idênticas e que não tinham nenhum parentesco entre si.Vale comentar que no roteiro original, a personagem Regina Salazar não existiria. Algumas mudanças foram feitas durante a história, como Bernarda seria despojada de seus bens por Fabiana, Romano e Salatiel e iria parar em uma clínica psiquiátrica. Nos preparativos do casamento de Carlota e Álvaro no final, Adriano tentaria violentá-la. Surgiria Bernarda e mataria Adriano, indo presa. Mas tudo isso foi mudado pelo surpreendente final de Bernarda impune, mas ambiguamente mostrando que o jovem que ela se interessa (Victor Noriega, em participação especial) iria deixá-la na ruína.
Durante a pré-produção, três temas musicais foram pensados para a novela: o primeiro foi Si tú no vuelves, de Alejandro Fernandez, que sofreria uma pequena adaptação na letra, depois La otra, de Pedro Fernandez, que acabou sendo usado nos últimos capítulos como tema de Carlota e Álvaro, e que foi o tema de abertura na novela nos Estados Unidos, e o definitivo, La otra, de Benny Ibarra e Edith Márquez, que aqui foi substituído por uma versão interpretada por Anayle e Michael Sullivan.
A outra foi sem dúvida uma brilhante novela, que teve uma das melhores histórias já vistas, intrigante, bem construída, diferente, com suspense, drama, elementos que garantiram uma novela que foi muito além da história de duas mulheres iguais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário