confira a Segunda Parte do Especial Novelas.
NOME ORIGINAL
María Mercedes
ESCRITORA
Inés Rodena
PAÍS DE ORIGEMMéxico
ANO DE GRAVAÇÃO
1992
ELENCO
Thalía: Maria Mercedes Muñoz del Olmo
Arturo Peniche: Jorge Luís del Olmo
Laura Zapata: Malvina del Olmo
Carmen Amezcua: Digna del Olmo
Fernando Ciangerotti: Santiago del Olmo
Karla Alvarez: Rosário
Gabriela Goldsmith: Magnólia Mancilla
Jaime Moreno: Rodolfo Mancilla
Carmen Salinas: Dona Filó
Nicky Mondellini: Miriam de Ordoñez
Luís Gimeno: Sebastião Ordoñez
Roberto Ballesteros: Aurélio Cordero Manso
Aurora Molina: Natália
Virginia Gutiérrez: Branca
Meche Barba: Joaninha
Luís Uribe: Manuel
Irlanda Mora: Paz
Fernando Colunga: Tito
Silvia Campos: Diana
Raúl Padilla "Chóforo": Bafo
Jaime Lozano: Doutor Díaz
Rafael del Villar: Ricardo
Héctor Gómez: Chaplin
Julio Urrueta: Napoleão
Silvia Caos: Alma
Vanessa Angers: Berenice
Rosa Carmina: Rosa
Arturo García Tenorio: Latas
Diana Golden: Fabiola Mayerling San Román
Alberto Inzúa: Mário Portales
Lucero Lander: Karen
Rebeca Manríquez: Justa
Rossana San Juan: Zafiro
Evangelina Sosa: Candy
Cuco Sánchez: Genaro
Victor Vera: Juiz de Registro Civil
Ari Telch: Carlos Urbina
Elia Domenzain: Diretora do Colégio
Patricia Navidad: Íris
*Maria Mercedes é um remake estrelado por Thalía em 1992. Essa história está baseada em Rina (Desprezo), produzida em 1977 e exibida no Brasil em 1983
COMENTÁRIOS
Maria Mercedes, entre a trilogia das Marias, é a novela que muitos julgam a pior. Por ser antiga, por ter uma Thalía nada esplendorosa, e ainda por cima, por ser cafona. Em compensação, só os que realmente entenderam Maria Mercedes percebem por que ela foi um grande sucesso.
Valentín Pimstein produziu com todo empenho uma verdadeira comédia pastelão, satirizando as próprias novelas mexicanas. Tipos estereotipados, tragédias, e muita maquiagem, em meio a uma história simplesmente tão banal que o público se apaixonou.
Surgia então a trilogia das Marias, da qual, Valentín estaria a cargo da primeira das “Marias”: Maria Mercedes. Sua ideia era ter Lucero no papel estelar, que recusou, foi então que repararam na estrela musical Thalía, para o papel, sábia ideia. Thalía cativou o público como a “mulambenta”. Ela estava vibrante em um papel que parecia ter sido feito para que brilhalhasse totalmente. Claro, com uma certa pitada cômica na ignorância da menina, que permaneceu cafona e sem classe até o final da novela (aliás, é a única novela de Thalía onde isso aconteceu). Sem refinações ou cultura, Thalía mostrou a que veio, usando uma peruca, deixando a personagem mais engraçada ainda, sem qualquer glamour.
Arturo Peniche como galã também não deixou por menos. Ao perceber que Jorge Luís era o típico jovem dominado pela mãe manipuladora, Arturo se aproveitou dos clichês para deixar o personagem mais “realista” ainda.
Mas as maldades incontroláveis da perversa Malvina foram outro toque de comédia que complementou a história. Laura Zapata esteve tão brilhante quanto em Rosa selvagem. O final de Malvina é inesquecível: vestida como a mulambenta, oferece um bilhete de loteria ao telespectador, isso dentro de um manicômio. Um final no mínimo peculiar, já que durante a novela Malvina fez de tudo para deixar Mercedes louca, e quem acabou assim foi ela.
Além disso, outros nomes do elenco também brilharam. Fernando Ciangherotti compôs com perfeição o neurótico e doente Santiago, que impôs condições cômicas em seu testamento (algo do tipo colocar Malvina em um hospício de qualquer jeito dez anos após sua morte), também Carmen Salinas como Filomena, a guardiã de Maria nas horas boas e más, aliás, Carmen Salinas sempre se sai bem nesses papéis, e como esquecer do estilo “beterraba” de Nicky Mondellini como Miriam, que sempre usava o mesmo modelito, nada discreto aliás. Ainda se destaca uma participação de Fernando Colunga, hilariante como Tito, um homem que usava gírias em inglês para se expressar.
Na família de Mercedes, ainda se destacaram Gabriela Goldsmith como a abalada Magnólia, a verdadeira mãe da heroína. E a jovem Karla Alvarez, como a problemática e ambiciosa Rosário, sempre complicando mais ainda a vida da sofrida irmã.
A história teve todos os ingredientes para cativar o público, que de verdade, torceu pela felicidade da bilheteira Maria Mercedes: uma herança, um casamento forçado, uma sogra terrível, garantia de sucesso. Tanto é que no México, Maria Mercedes foi, dentre a trilogia, a de maior audiência, conseguindo índices hoje praticamente impossíveis.
O que muitos não percebem que tamanho exagero em tudo (desde os diálogos até o figurino) eram intencionais, fazendo de Maria Mercedes uma novela divertida, que conquistou muitos. Entretanto, outros, simplesmente pela novela ser antiga, a deixam de lado as vezes.
No ano de 1993 Thalía ganha o Prêmio TV y Novelas como atriz jovem por Maria Mercedes, e também o premio de cantora do ano.
Maria Mercedes foi assim, uma novela com humor escrachado e com um elenco que acompanhou a ideia original, dosando drama e comédia, mas que no final, foi um sucesso indiscutível, abrindo as portas no Brasil para outras Marias e para mais sucessos.
Em 1997 o SBT encurtou a novela Os ossos do barão para reprisar Maria Mercedes, já que Maria do bairro tinha acabado e o sucesso foi tremendo. A reprise de Maria Mercedes causou desavenças no SBT que tinha 2 produções engavetadas, O direito de nascer e Pérola Negra que já estavam praticamente gravadas.
A música de abertura foi cantada pela protagonista Thalía e saiu no seu CD Love, como bônus track. Durante a turnê do CD Love, Maria Mercedes era uma das músicas mais pedidas pelo público
Nenhum comentário:
Postar um comentário